Norma do Inmetro para Lâmpadas de Led que você deve saber
Quais modelos serão certificados?
Só as lâmpadas LED com driver integrado estão previstas na norma. Isso inclui todos os modelos que não precisam de reator ou fonte externa, como as que imitam as incandescentes (A60), tubulares, PAR, AR 111, GU 10, etc. Os modelos que não passarem nos testes do Inmetro não irão receber seu certificado de produto conforme e, consequentemente, não serão liberados para serem trazidos (importados).
Aquelas coloridas (RGB) e as decorativas, como as fitas de LED, não estão certificadas neste regulamento, o que significa que elas podem ser comercializadas, mas não terão a obrigatoriedade de terem sua qualidade atestada.
Como será a lâmpada depois da certificação
Após a certificação, a lâmpada LED ganhará na embalagem o selo ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia). Ele é diferente das lâmpadas fluorescentes e não terá a escala de A a E de eficiência.
A ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) comprova que um modelo passou pelo processo, segue o padrão do PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem) e será obrigatória nas embalagens. O selo deve informar potência (W), fluxo luminoso (lm), eficiência luminosa (lm/W) e um número que identifica o registro de certificação junto ao selo da OCP (Organismo de Certificação de Produto), que realizou a certificação.
A lâmpada LED também deverá apresentar a equivalência com relação à fluorescente, além da comparação com a incandescente que já existe na embalagem.
Como o Inmetro sabe que uma lâmpada LED dura 13 anos
Uma dúvida muito comum é se as lâmpadas LED podem durar as 25 mil horas que prometem. Os laboratórios realizam um estudo que mostra a manutenção mínima de fluxo luminoso, ou seja, o quanto o LED mantém a capacidade de iluminar ao longo das horas de uso.
O Inmetro definiu dois métodos para avaliação da durabilidade das lâmpadas: o primeiro consiste no fornecedor apresentar o relatório de vida do chip do led utilizado na produção da lâmpada. A partir desse relatório, o laboratório que está realizando os ensaios avalia o produto por 3 mil horas e sua luminosidade deve ser de, no mínimo, 95,8%. Isso significa que pode perder até 4,2% de tudo o que iluminou na medição inicial.
Caso o fornecedor não apresente o relatório de análise do chip do led, aplica-se o segundo método: os ensaios seguem até 6 mil horas e a manutenção da luminosidade mínima deve ser de 91,8% da medição inicial.
A partir daí, é feito um gráfico com a curva da depreciação da lâmpada LED, que mostra que quando chegar as 25 mil horas, a luminosidade não pode ser menor que 70%. Além do teste dos produtos finalizados, os componentes internos (chips e capacitor) serão avaliados individualmente.
Se o LED evolui rápido, como a norma se manterá eficaz?
Existem dois pontos importantes para responder a isso: um é que as portarias podem ser atualizadas (a própria portaria 143 é um complemento da portaria 389 e os regulamentos das lâmpadas fluorescentes compactas foram atualizadas várias vezes) e outro é que o Inmetro aplica uma metodologia de avaliação de qualquer produto que busca manter um custo-benefício, com equilíbrio entre o grau de confiança e o custo para sociedade.
A norma não padronizará as potências das marcas
A certificação LED avaliará a eficiência dos produtos analisados, mas não obrigará o mercado a seguir um padrão de potência. Como cada fornecedor trabalha com um produto diferente, pode ser que uma lâmpada de 9,5W de potência seja mais eficiente que uma de 12W. Por isso, conferir o fluxo luminoso e a eficiência luminosa é muito importante.
Quando vamos comprar uma lâmpada, geralmente vamos direto para as lâmpadas eletrônicas de 15W, porque são equivalentes às incandescentes de 60W. Com a onda de LED entrando no mercado, muita gente fica condicionada, pensando que quanto maior a proximidade da potência do LED com a da fluorescente compacta, melhor.
Só que não é bem assim. Por trás desse jogo de equivalência, existe um termo técnico que você deve conhecer: o fluxo luminoso. Ele que, de fato, indica o quanto uma lâmpada ilumina, e é o índice que deve ser considerado no cálculo das equivalências pelos importadores e fabricantes.
Por exemplo, uma lâmpada LED Golden de 5W tem um fluxo luminoso de 470 lm (lúmens), um valor aproximado ao fluxo luminoso de uma incandescente de 40W, por isso uma é equivalente à outra. E todas essas informações devem constar na embalagem do produto.
Se uma lâmpada LED com 7W de potência informa que é igual a uma incandescente de 100W e não tem a informação do fluxo luminoso no verso da embalagem, desconfie.
Ainda não é obrigatório ter essas informações nas embalagens dos LEDs. O processo compulsório do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) deve acontecer somente após a certificação do Inmetro para lâmpadas LED.
Como não levar gato por lebre
Para não acabar fazendo uma compra equivocada, o indicado é verificar o fluxo luminoso no verso da embalagem e comparar com modelos concorrentes.
Eficiência luminosa é um parâmetro também de decisão. Ele define quantos lúmens (lm) a lâmpada ilumina por Watt (W) consumido. As incandescentes têm uma eficiência de 12 lm/W, as fluorescentes compactas têm uma média de 60 lm/W e o LED tem uma média de 80 lm/W.
O IMPACTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA COM TECNOLOGIA LED NA NOSSA VIDA
As lâmpadas de LED têm se popularizado e estão presentes nas revitalizações das metrópoles ao redor do mundo, em projetos que custam bilhões, como o de São Paulo. O valor pode parecer assustador (São Paulo aplicará inicialmente R$ 2 bilhões), mas esse investimento pode reduzir a conta do consumo de energia pela metade, além de economizar em gastos com manutenção.
Ainda assim, o mais importante de lembrar é o impacto que isso tem no nosso dia a dia, quando voltamos para casa no escuro.
Segurança
Quando se fala em iluminação pública, a primeira palavra que vem à cabeça de muita gente é a segurança, que está sempre nas pautas das cidades e nas reivindicações populares.
Além de a iluminação coibir a criminalidade, a cor da luz do LED (branco-azulada) é melhor percebida pelos nossos olhos à noite.
Percebemos a luz de uma forma diferente após o pôr do sol, enxergando melhor os espectros azuis e verdes e eliminando praticamente todo o espectro emitido pela lâmpada de sódio, aquela amarela que está na maioria nas ruas. Isso significa que a sensação de claridade que temos quando andamos em vias iluminadas com luz branca é realmente verdade e pode ser decisiva na prevenção da criminalidade e de acidentes noturnos.
A lâmpada de vapor de sódio, a amarela, tem outra coisa prejudicial para nós à noite: reproduz muito mal as cores. Fica difícil distinguir um carro azul marinho de um preto ou uma blusa branca de uma bege. Luminárias de LED melhoram essa fidelidade de cores também.
Telegestão: economia e serviço
Quando acontece a reestruturação luminotécnica de grandes centros urbanos para uma tecnologia como o LED, é preciso gerenciar bem esse investimento, mesmo porque é muita luminária para controlar. Um sistema de telegestão controla e monitora os pontos de toda a cidade. Se um circuito queima, a gestora da iluminação é notificada imediatamente, ou seja, o consumidor não precisa fazer isso pelos telefones do serviço.
Este sistema inteligente permite o monitoramento em tempo real, inclusive com registro do consumo energético da cidade e do desgaste da luz, fazendo com que a gestão dos pontos seja mais eficaz. Com a telegestão também é possível controlar a intensidade luminosa.
Como já mencionado no começo desse texto, a troca de vapor de sódio ou mercúrio para o LED também reflete na economia com uma menor frequência de manutenção na troca de lâmpadas esgotadas e com uma grande diminuição do consumo de energia.
Meio Ambiente
Lâmpadas de vapor de sódio, de mercúrio ou de vapor metálico devem ser descartadas de forma especial por conta de seus metais pesados. O LED não possui esses metais em sua composição e 98% dos seus componentes são recicláveis.
A alta durabilidade da tecnologia também diminui a quantidade de lixo e, por consumir menos energia, diminui drasticamente a quantidade de CO2 emitida na atmosfera, o que pode combater o aquecimento global.
Além de ser um item de segurança, a iluminação artificial nas vias interfere nas nossas vidas mais do que a gente pensa.
É a poluição luminosa, que está no brilho alaranjado sobre as cidades, nas poucas estrelas vistas no céu e naquela dificuldade para dormir por causa da luz que entra pela janela. A poluição luminosa ocorre quando a iluminação artificial é usada de forma excessiva e incorreta, dividida em três tipos: ofuscamento, luz intrusa e o brilho do céu.
O ofuscamento em vias urbanas geralmente acontece pelo excesso de luz, gerando cegueira momentânea. Isso é importante para a segurança também, já que você não consegue ver nada se não colocar a mão na frente da fonte de luz.
Os outros dois tipos acontecem quando o direcionamento das lâmpadas de sódio deixa escapar a luz para onde não devia. A luz intrusa é quando a iluminação vai para um ambiente interno ou para as copas de árvore.
O brilho do céu é quando as luzes sobre as cidades podem ser vistas até do espaço e você só consegue enxergar menos de 1% das estrelas que são visíveis a olho humano: um sinal de que a energia elétrica está sendo desperdiçada para iluminar inutilmente o céu.
A poluição luminosa também pode desorientar diversas espécies, atrapalhando no ciclo natural desses seres, além de alterar o ritmo circadiano humano.
A visualização do espaço e as pesquisas que acontecem nos observatórios são comprometidas pelas luzes das cidades e é por isso que esses espaços geralmente ficam em locais remotos, distantes da vida urbana.
As luminárias LED são direcionais para melhorar esse cenário, com um posicionamento correto para iluminar o que realmente importa: as vias.
Conheça nosso Facebook
Entre em contato agora mesmo: Fale conosco